quarta-feira, 5 de maio de 2010

_ampulheta

O tempo do meu relógio não atingiu a conclusão precisa. O tempo que marca os segundos, esqueceu do meu passo e passou adiante, pra bem longe, distante.
Meus ponteiros congelaram diante do sol quente, feito pedra, sal, gelo sem forma. Forma.
O meu tempo era lúdico, indeciso, por vezes impulsivo. Esquecia suas próprias marcas e corria como se fosse livre, como se não pudesse ser preso, como se eu simplesmente não existisse.
Com o tempo, meu tempo esqueceu de mim. Esqueceu de si. Perdeu sua força e parou de girar, de correr, de sentir horário.
Meu relógio parou, largou do tic tac, do toc toc, do blim blim blim, e se entregou para um túmulo de areia, que de hora em hora gira, porém não deixa de sufocar.

Um comentário:

Rodrigo disse...

Oi!
Eu sou o primo da Raquel que Lê o teu blog, e por falar nisso, não esta na hora do senhor atualizar o blog?

(virando a ampulheta)

abs