segunda-feira, 30 de junho de 2008

O limão entrou na roda. E azedou.

O limão entrou na roda. Passou de mão em mão. Ele foi e voltou. E parou em mim. Olhei pro limão. Descasquei e chupei seu caldo ácido. O limão estava azedo. Bem azedo. Espremi entre os dedos em busca de um pouco de açúcar. O líquido queimou a palma da minha mão. Por instantes, apagou minhas digitais. Lambi o suco que escorria pelo meu pulso e logo joguei a fruta no lixo. Azedume não mata a minha fome. Mata a minha essência.

Nenhum comentário: