sexta-feira, 11 de julho de 2008

_Contra o tempo.

Sei que está na hora. Mas me dá mais quinze minutos? Não pode? Dez. Dez minutos, então?... Cinco? Me leva junto se possível. Eu não faço barulho. Não incomodo. Prometo. Me guarda em uma gaveta do teu armário que eu respiro baixinho. Eu juro. Me leva. Me leva e ilumina meu caminho de verde com os teus olhos e faz da minha vida essa molecagem - doce – feito – amendoim, feito merengue com chocolate. Leva?


Deixa comigo. Deixa comigo esse perfume de recém-nascido. Deixa pra mim esse espírito de muito vivido. Deixa no meu travesseiro os teus sonhos para que eu possa dormir mais tranqüilo de madrugada. Deixa?


Me dá mais cento e vinte segundos, vai! Tira da mala as cuecas, o creme de barbear e deita aqui comigo. Esquece as nuvens lá de cima e dorme um dia inteiro do meu lado, com o corpo embaralhado, como foi ontem, como poderia ser amanhã. Mas amanhã não tem mais tempo... Sinto que o tempo virou uma bomba relógio no meu pulso - TIC TAC - que te leva contra o vento e me deixa em solo úmido. Não imaginei teu surgimento, muito menos teu sumiço. Amanhã TU vais, mas pra sempre TU permaneces. E isso, não há tempo que apague, Varig Boy.

4 comentários:

L. F. Z. disse...

'O tempo como bomba relógio nos nossos pulsos' é argumento para um longa! Não pare - nunca! - de escrever. Abraços! :-D

Unknown disse...

simplesmente sem palavras...
te adoru hoje,amanha e sempre...
kisses...
varig boy....

Larissa Teixeira disse...

oi vini!!!é a Lari!!!bjo na bunda!!!

Larissa Teixeira disse...

oie!