Nos espelhos de Isabela, entre a fumaça do embaçado quente que derrete-se em vapor contra o gelado dos azulejos, se imprimem fissuras.
Nas taças finas cristalinas de Romeu, um veneno diluído em água com gás.
Nas roupas claras de Marina, as manchas que se revelam através da impossibilidade de nenhum esconderijo.
No corpo esculpido de Felipe, cicatrizes em busca de cura, mas que hipócritamente negam seu progresso.
Todos seres com seus punhos agarrados às chaves que dão entrada à bolha da perfeição.
Pobres seres, afinal, o que todos enxergam exceto seus próprios reflexos, é que não estão muito longe do rótulo de pobres coitados.
2 comentários:
Simplesmente lindo...... amei.
beejos
adoroooooo!!
mega beijos
Postar um comentário