quarta-feira, 19 de novembro de 2008

_piano bar.

A fumaça branca que se dissipa contra um céu escuro e se derrama em chuva.

Pulmões quentes, coração em gelo. Mãos sem toque, pele em deserto.

Faça-me chorar, respirar, sobreviver.

Me peça o fogo mais uma vez, como se estivéssemos naquele bar em preto e branco.

As notas de piano que antes sossegavam nosso beijo, hoje anunciam tua partida.

Se quiser abrir a porta vai e vem, ande logo, antes que ambos viremos abóboras.

Somente desta vez não se esqueça de me devolver o isqueiro.

Afinal, o fogo sempre fica por minha conta.

Sempre.

4 comentários:

Larissa Teixeira disse...

Bahhhhhhhhhhhhhhhhh! isso me fez lembrar uma pessoa. hahuauhuha

adorei essa parte>> Afinal, o fogo sempre fica por minha conta.
muiiiiiiiiito verdade mesmo. ;)

beijos TEAMO.

The Jack of Hearts disse...

ar morno que, à noite, faz o tempo parar,
onde mergulho meu corpo frio e dissolvo meus pensamentos,
embriagado na imagem daquele Prometeu que um dia o trará.

Mr. G disse...

Afinal o fogo sempre fica por minha conta.

Sempre



Forte isso, hein??

parabéns meu poeta conterraneo!

Ana Laura Albornoz disse...

nem elogio mais! é redundante elogiar o obviamente lindo!