Sono escuro, feito um túnel, um beco, caverna. Sinto o breu ao meu redor. Um invisível de paredes úmidas, com o piso liso, que deixa a respiração no vácuo e minhas mãos atadas com pés desequilibrados. Desequilibrado, eu?
Onde foram parar as janelas da minha casa? Onde estão as portas, os corredores, as escadas? Quem lacrou as fechaduras, engoliu as chaves, destruiu o cimento? Quem? Quem? Quem? é você?
Catei as balas de goma pelo caminho de terra. Uma trilha, atalho, destino cortado. Você não estava lá, nem aqui. Nem eu, nem ninguém. Acho melhor eu continuar cantando sozinho no bafo do chuveiro, escrevendo meus medos no espelho, esperando que o calor se transforme em água e borre os meus segredos.
6 comentários:
adoro oq vc escreve!!
escreva mais!! deixa eu ler antes q borre, rs!
Amei o texto! "...esperando que o calor se transforme em água e borre os meus segredos."
"Borre os meus segredos"
Te dou todas as flores do mundo do universo das galaxias..
AMO.
Quisera eu saber saber escrever assim como você...obrigado!...
Belíssimo texto.
Quero mais! ;)
adorei! é belo! felicidade em encontrar poemas assim, escritos assim, pessoas assim, plenas e plenas de poesia.
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